domingo, 27 de setembro de 2009

História: uma maneira de encantar...


Uma narração é uma sucessão de emoções: surpresa dúvida, encantamento, medo, ansiedade, alívio, revolta, admiração, alegria e tantas outras.

Para conseguir o envolvimento da platéia e necessário suscitar estes momentos de emoções de uma forma planejada, onde eles estejam estrategicamente colocados e alternados.


Uma boa narração precisa ter ritmo, e para empregá-lo e necessário entender as partes que compõem uma história: introdução, enredo, ponto culminante e desfecho.


O contador de história deve ser encantador, ter graça, prender a atenção da platéia. E, ao contrário do que a maioria acha, ser um bom contador de história é muito mais técnica do que dom.

Uso da voz: Avoz é a maior ferramenta do contador de história. Em primeiro lugar, ele deve se assegurar de que todas as pessoas o estão entendendo. Sua voz deve ser clara, com boa dicção, pronunciando as palavras devagar e corretamente cada uma de suas silabas, falando claramente cada encontro vocálico ou consonantal, pronunciando os finais com as letras R, S e L.


A voz deve ser em bom volume; não pode ser baixa, a ponto de necessitar esforço para escutá-la, e não deve ser muito alta, o que irrita e tira o momento de cumplicidade que o narrador e os ouvintes devem ter.


A entonação, mais grave ou mais aguda, permite compor uma série de personagens. As crianças adoram ouvir a voz estridente do vilão e a voz “grossona” do urso. A combinação dos elementos “velocidade” e “volume” também passam emoções: uma voz, um pouco mais baixa do que a da narração normal e um pouco mais de vagar, passa um sentimento de segredo, suspense. Usar estes artifícios muito simples dá colorido á narração.


Postura facial e corporal: A voz, evidentemente, não vem sozinha; ela vem acompanhada de todo um corpo e ele precisa falar a mesma “linguagem”.


O contador deve se entregar por inteiro á narração: o corpo deve estar ereto, em uma posição na qual todas as crianças possam vê-lo. É errado fazer qualquer ato que não tenha sentido com a narração que se esteja fazendo (se coçar, jogar os cabelos, acenar para quem está passando, etc.).


Os gestos devem ser comedidos e utilizados apenas quando a história permitir, sendo que nestes momentos podem até ser exagerados: abrir os braços para mostrar que algo é bem-vindo, por as mãos na cabeça em sinal de susto, “abraçar-se” para mostrar aconchego, etc.


A expressão facial também deve ser cuidada, e para isso deve-se treinar na frente do espelho, pois o fato de estarmos “sentindo” uma emoção não assegura que estamos transmitindo.


Recursos auxiliares: Existem narradores habilidosos, capazes de prender a atenção de uma platéia sem usar qualquer recurso. A maioria das pessoas pode chegar a isso com dedicação e treino. Porém, o uso de recursos auxiliares é muito útil para aumentar a atenção da platéia, pois colaboram com a sua graça e colorido. Na verdade, eles não passam de brinquedos manuseados pelos adultos para deleite das crianças. Por isso, elas adoram. São fantoches, marionetes, bocões, maquetes, teatros de sombras e outros, que nos auxiliam a contar a história.


Durante a narração simples, o educador pode também utilizar alguns recursos: um chapéu, um manto real, as crianças poderão cheirar o terrível gás de hortelã que sai da fornalha ardente. A receita não é difícil: imaginação, um pouco de irreverência, descontração e bom humor. É fácil encantar as crianças, elas são simples, ingênuas e crédulas e se divertem muito com estas pequenas coisas.

fonte: dijap.com.br

                        

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